Maternidade

Oiii! Espero que esteja tudo bem com vocês! =)

Agora que os pontos cicatrizaram, que o peito calejou (ou finalmente acertei a pega) e que consigo dormir algumas horinhas de madrugada, voltei pra registrar alguns momentos já que passo tanto tempo perdida nos pensamentos enquanto minha bebezinha mama.
Já li vários relatos que falam sobre a maternidade, e a mensagem que mais me marcou foi a de que dói, tudo dói, o corpo dói, o cansaço dói, as mudanças doem, os hormônios te enlouquecem e causam dor, resumidamente, ser mãe parecia ser sinônimo de sofrimento. Vinte e três dias pós parto posso confirmar que realmente esse é um processo dolorido, principalmente a parte da cicatrização dos pontos no lugar mais úmido do corpo e acertar a mamada, mas fora isso não há dor no mundo, grande o suficiente pra me impedir de tentar dar o melhor de mim pra minha pequena. Nos primeiros 15 dias de amamentação mais ou menos, eu chorava de dor enquanto ela mamava, um dia até precisei ir pro hospital porque minha imunidade caiu e tive febre, sendo que nunca tenho febre. Acho que nunca rezei tanto na minha vida, busquei forças que vão além desse mundo pra me ajudar a superar esses momentos de dor e pra me dar esperança de que o dia seguinte seria mais fácil, e não é que foi?! =) O dia seguinte chegou mais rápido do que eu imaginava e agora, apesar de ainda ser um pouco desajeitada, dou de mamar em qualquer canto e sem dor ( a não ser quando Isabel aperta o bico e joga a cabeça pra trás…rs). Uma coisa que nunca li nesses relatos foi sobre a crise de abstinência quando longe do seu bebê por mais de 5min…rs É impressionante como ela se tornou parte do acalento da minha alma sem que eu ao menos me desse conta. Claro que tivemos os 9 meses de grude e a separação física no parto foi um sinal de que tudo seria muito diferente de ali em diante, mas ainda assim, eu não esperava que teria essa necessidade tão grande de estar perto dela todo o tempo. Passo horas admirando cada centímetro do rosto e do corpinho magrelo dela, enquanto espero que arrote, aproveito pra ficar cheirando o cabelo que é tão macio e cheiroso, meu momento preferido porém é aquele após o mamar que vem aquele soninho que ela fica sorrindo…Não canso de pensar em como ela é linda e como tive sorte dela ser a fotocópia autenticada do grande amor da minha vida, mesmo nos momentos de mau humor e de briga…rs Não me importo que ela só pareça comigo nas unhas e no cabelo, e também não me importo com a idéia de que ela terá loucura pelo pai, na verdade, eu acho no mínimo justo, afinal eu tive loucura por meu pai e ele foi um super pai, assim como o Di tem sido. Falando nisso, outra coisa que não li nos relatos sobre a maternidade foi sobre poder assistir de tão perto o nascimento de um pai. Quando se é protagonista de uma situação como a maternidade, não temos como ver com detalhes o seu desenvolver, logo eu não tenho idéia de como tenho sido como mãe, mas em contrapartida, assisto de camarote o desenvolver da relação pai-filha do Di e da bebezinha e isso é a coisa mais linda que poderia ter acontecido na minha vida! Desde o primeiro dia, ainda na maternidade, ele tem um cuidado e atenção com ela que eu nunca vi ele ter com outra coisa/pessoa antes. Ele dá banho (eu não…rs), troca fraldas de pipi ou caca, quando ela tem cólica ele quem fica em pé tentando aliviar a dor, seja a hora que for, quando finalmente conseguimos dormir de madrugada ele me segura pela cintura com medo de que ela esteja na cama com a gente e que eu vá amassá-la, mesmo que ela esteja no moisés…rs Resumindo, ele só não dá de mamar porque estamos 100% teta e a dele não tem leite…rs Quando ela tá chorando desesperadamente, ele não sossega até conseguir acalmá-la. Nem mesmo o meu pai foi tão atencioso assim comigo, portanto acho no mínimo justo que ela tenha loucura por esse paizinho e assim tem sido até então. Quando ela ouve a voz dele ou fica ao seu lado na cama, presta uma atenção imensa e fica bem quietinha como se estivesse admirando o papai mais lindo do mundo. Eu nem acredito que a licença paternidade está acabando, sentiremos muito a falta do papa perto 24h por dia. Ah, não seria justo eu deixar de dizer que assim como ele cuida da nossa bebezinha, ele cuida de mim. Durante os dias difíceis, ele segurava a minha mão a cada mamada, como se quisesse que a minha dor fosse dele, toda vez que me vê exausta, ele deixa o cansaço de lado e fica firme como uma fortaleza, fazendo tudo o que precisa ser feito. Nem mesmo por um instante de momento eu me senti sozinha, isolada ou de escanteio, muito pelo contrário, me sinto cada vez mais amada.

O que posso concluir nesse curto período de tempo é que a maternidade veio pra completar nossa vida, que sempre teve uma luz especial mas agora ela irradia.

Agradeço a Deus por ter sido tão generoso comigo e espero dar sempre o meu melhor por minha família.

Só pra registrar, recebemos visitas muito especiais diretamente de Barcelona, em 4 dias a futura madrinha da pequena (Cê) chega em terras espanholas e em seguida o futuro padrinho (Rê), meu aniversário será o mais comemorado de todos os anos que moro fora do Brasil e nossas mamães seguem sendo fundamentais pra nossa sobrevivência, nem quero pensar que elas irão embora…mas, como o mantra que tenho usado desde a gravidez: um dia de cada vez!

Bjo, tchau!Isabel
Isabel e suas muitas caras e bocas

papai e bebe
Tal pai, tal filha

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Venci a guerra contra a fome…rs

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Será que gosta desse colinho?

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Primos e tios-bisavos

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primo Alvaro

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Prima Lucia

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Primeiro passeio no parque

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O dia que a Isabel deixou de ser indigente

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Café da tarde na padaria preferida

Trilha sonora:

Depeche Mode – Precious

 

About Neoma

Esposa, mãe, brasileira morando na Espanha.

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